sábado, 1 de setembro de 2007

Há dias...


Há dias…

Há dias de fome, de sede e de luta…

Dias em que morremos em batalhas vãs ou renascemos de causas perdidas.

Há dias em que não há nada a fazer, em que parece que tudo está dito e nada sai do seu lugar.

Dias de ir e voltar sem sair do mesmo lugar… dias em que a solidão é prisioneira dos enganos e desenganos e a tristeza anda solta e flutua como uma bola de sabão.

Há dias de chuva e de sol, de brincar com papagaios de papel e sonhar…

Sonhos proibidos e secretos,

Sonhos bons e maus…

Daqueles que sonhamos de olhos abertos e pensamos baixinho que não deviam acabar.

Sonhos contigo, comigo… ilusões

Há dias em que o amor é tanto que sofremos quando alguém magoa a pessoa que amamos… sim, daqueles em que devíamos estar felizes porque até pode ser bom para nós mas que o coração nos salta do peito de tanta dor por te ver sofrer e nada poder fazer.

Querer apertar-te nos braços e desenhar palavras de amor em ti todo…

Fazer-te sentir amado como se não houvesse amanhã…

Trocar o meu sorriso pela tua expressão triste e cair nos teus braços naquela dança que só nós conhecemos…

Creio em ti, em tudo, em cada momento, em cada sussurro no meu ouvido, em cada toque na minha pele… creio porque é isso que me trás viva ainda e me faz sorrir quando recordo. Creio na meiguice da tua voz, na segurança que sinto nos teus braços e nesse sorriso tão lindo que me desarma.

Sei que não queres, que não sabes, que já não sabes se sabes, mas sei também que não vais esquecer e que te vou ler sempre… nos teus olhos… nas tuas palavras… em cada gesto… em cada momento…

Quando ris apanho o teu sorriso no ar, quando choras lambo-te as lágrimas, quando te vejo sorrio… agora que não estás sinto o vazio.

Que será isto senão amor?