quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Estou a morrer... bolas!


Estou a morrer... não estaremos todos?
Do ponto de vista existencialista a morte não é um prolongamento, é um fim. A morte representa o fim da nossa existência, da nossa vida e começamos a perceber isso a partir do momento em que temos capacidade de raciocínio.
E então? O que fazemos nós para viver em pleno uma existência que espera inevitavelmente pelo seu final? Várias coisas:
1. Preocupamo-nos em ganhar o suficiente para pagar as contas, o que será acertado e prioritário, mas não deveria ser colocado em primeiro lugar;
2. Preocupamo-nos em ter dinheiro para comprar aquelas botas giríssimas (no caso das mulheres) e aquele telemóvel topo de gama (para os meninos), total e absolutamente supérfluo;
3. Passamos o dia a lamentar-nos que não temos uma vida amorosa estável quando, na maioria dos casos, esse é o único ponto menos positivo da nossa vida;
4. Aborrecemo-nos e achamo-nos no direito de aborrecer os outros em situações de sumenos importância e de relevância nula para o nosso saudável e harmonioso dia-a-dia.
5. Poderia enumerar um rol de coisas que, bem pensadas, nem sequer fazem sentido.

E isto tudo porquê se estamos a morrer?
Estou a morrer hoje... amanhã mais um bocadinho... e depois... e depois... cada vez mais perto!
Estou a morrer e raios me partam se não vou viver em pleno até o meu dia chegar!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Inside_by_Vrenchen


Tenho espreitado para dentro de mim... não entendo nada do que vejo!

Afinal para onde fui eu?
Já nem sequer sinto o que sou nem sei se estou aqui!
Um dia destes vou resgatar-me de mim.
Já faltou mais...

sábado, 11 de outubro de 2008

O Grito!

Scream__by_dasmaus

Eu hoje gritava até não sair ruído nenhum da minha boca
Gritava o teu nome que morreu amordaçado no meu peito
E erguia uma placa em tom de lembrança eterna:
Aqui jaz fulano de tal... e toda a sua indignidade!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Ensina-me...

Help_by_roseonthegrey

Ensina-me a esquecer-te de uma forma mais rápida do que deixar o tempo passar e levar-te com ele à força!

Ensina-me a ir embora e não voltar
E a ignorar, como era bom saber fazê-lo.
Quero que me ensines a ser vil e cruel
E a arrancar corações só com o dom da palavra.
Ensina-me também como se fazem correr lágrimas com gestos
Como se por magia se controlasse um corpo que não o nosso.
Ensina-me...
Eu quero saber tudo isso!
E quando me ensinares, esquece-te tu como se faz!