segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Por onde raio ando eu?





Estive aqui... tropecei logo à entrada na porcaria do cão de louça que compraste na feira dos Carvalhos. Acho que torci um pé e fiz 3 foguetes nas minhas meias de liga novas quando ia a cair, à custa do arbusto que não podas desde a Primavera passada. Abri a porta e, como sempre, deixaste a TV, a luz, o PC e tudo o mais que havia e pudesse despender energia ligado... os chinelos ao pé da porta, a toalha molhada no chão da casa de banho... mas que raio de homem moderno és tu?
Havia mousse de chocolate no frigorífico. Num típico momento de carência feminina comi-a toda, como se as 500 mil calorias que passado uns dias, ainda se passeiam pelo meu corpo, me fossem preencher o espaço que reservo para os afectos. De certeza que te vais rir do meu acto irreflectido de colocar de novo a taça na prateleira, como se o facto de estar vazia fosse irrelevante para, até um cego, reparar que eu a tinha devorado.
Ah, e também estive no teu quarto, deitada na cama, a esfregar a cara no teu pijama, numa atitude de fazer inveja a qualquer adolescente idiota, mas trouxe-me algum consolo e tranquilidade. E depois olhei à volta e só havia coisas que me lembravam de mim própria e ri e pensei que é do que te lembras, às vezes, quando estás aqui.
Agora vou embora que já estou atrasada para fazer qualquer coisa importantíssima da qual não me lembro agora, mas sem a qual certamente não posso sobreviver.
Beijo.
Prometo marcar consulta de psiquiatria na próxima semana... para ti claro, que eu estou em perfeitas condições!